quinta-feira, outubro 22

Hoje...


Sinto a tua falta. Hoje lembrei-me tanto de ti... É inevitável não sentir saudade... Queria que o tempo voltasse atrás. Passamos por tanto! Quando estavas comigo tudo se tornava tão mais fácil.. tão mais suportável. Continuo sem perceber o que aconteceu.. continuo sem entender porquê. Porquê?
Só queria que estivesses aqui. Tantos planos... tantas histórias... tantos momentos... tanto de nós!
Hoje chorei.
Por medo, por raiva, por saudade, por nós.
Quis trabalhar e só pensava em escrever. Em escrever-te.
Como pudeste deixar tanto de ti em mim? Como pudeste partir sem olhar para trás, sem pensar, sem dizer adeus... sem me deixares dizerte adeus? Como pudeste ir sem me deixares, por única vez, dizer-te o quanto eras importante?
Sinto a tua falta.
Nunca te dei um abraço... mas tiveste sempre o meu sorriso e o meu olhar sincero. Tiveste, até, as minhas lágrimas.
O nosso tempo nunca foi perfeito. Nem sequer quando sabia estar a chegar ao fim. O orgulho foi sempre maior. E por isso choro. Revolto-me. Porque tu? Logo tu!
Serás tu o meu guardião de memórias? Aquele que mesmo longe consegue chegar a mim e acalmar-me as rugas que se vão formando na testa? Serás tu o protector que sempre quis ter?
Não. Não me lembrei de ti passado um ano. Não. Não te recordei como devia. Nem te amei como devia enquanto pude fazê-lo. Perdoa-me.
Hoje choro.
Recordo-me de tudo... de cada momento. De ti. De uma história que acabou quando apenas ia no início.
Fazes-me falta. Já te disse?
Hoje toda a gente me faz falta. Até tu.
É que hoje, no meio desta reviravolta que levei dentro de mim, perdi-me. E temo não mais me encontrar.

(17-10-09 05h45)

quarta-feira, outubro 14

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."

Carlos Drummond de Andrade